sábado, 30 de novembro de 2013

Não é brincadeira! (parte 70)

Da série "escola não é brincadeira":



(Háháháháháháhá...! Concordo em gênero, número e grau, Calvin!)



sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Últimos dias

Esta chegando a hora de dizer tchau. 



            Esta quaaase na hora de dizer "valeu", "foi bom enquanto durou", "isso é tudo".
            Aos alunos que a partir dessa sexta feira não mais verei, um forte abraço! Sejam felizes, beijem muito e vivam a vida plenamente. Há um mundo de inteiro lá fora esperando para ser desvendado, explorado e usufruído. Só depende de vocês. 
            Por ora, o caos prepara-se para um descanso merecido!





quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Então....

Não estudou o ano inteiro


Tá Correndo Agora, né?




quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Já!

Férias!


Eu preciso de férias!



terça-feira, 26 de novembro de 2013

Dia de Prova (Parte 3)

Prova do Enem? Concurso público? 
Tudo igual.



Tempo de prova:
4 horas de manhã.
4 horas de tarde.

             Aí um professor (que eu nunca vi na vida e se achava meu amigo) vira pra mim e diz:
               - Que absurdo! Oito horas de prova? O governo quer matar a gente, né não?
                - É - eu resmunguei.
                - Será que a nota de corte vai ser alta? 
                - Não sei, talvez, que sabe... (como é que eu ia saber??)
                - Por mim eu nem tava aqui! Pra falar a verdade eu nem estudei, tô fazendo por fazer...
                "Que merda" - pensei - "não me faltava mais nada". 
                Sentado numa carteira de escola primária, aguardando minha prova, sinto-me como meus alunos: cansado e irritado, louco para sumir do mapa. Até mesmo a voz das pessoas me incomodam. Os chatos estão em toda parte, me perseguem, me encontram mesmo escondido debaixo de uma mesa. 
                 Aí eu me lembro de quantas vezes insisti pros meus alunos se prepararem para o ENEM, para todas as horas de prova no sábado e domingo + redação. Do esculacho acerca de uma noite bem dormida, as revisões, os detalhes importantes e o horário. Não vai se atrasar!!
                Então, pra mostrar que alunos e professores são iguais, vejo e presencio cenas como essas. É caos refinado. É droga ao quadrado.









segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Dia de Prova (Parte 2)

É notável a ausência total do semancol de alguns professores.



                Aí um professor se levanta e reclama:
                - Ô companheiro, dá licença, como é que a gente vai fazer uma prova de matemática sem lápis? Isso é um absurdo, rapá!
                 A FGV proibiu o uso de lápis no concurso. Tornou isso regra. 
                 Todos sabiam. Todos se inscreveram e sabiam quando leram o Edital (se é que leram). Mas é claro que alguém tem que reclamar. É claro que alguém tem que queixar-se de uma regra que foi, previamente, estabelecida.
                 O fiscal explicou, deu de ombros, e disse nada podia fazer. Estava no Edital, afinal de contas (o fiscal, aliás, é um sujeito como nós que esta trabalhando, que também esta de saco cheio por perder o domingo inteiro, e louco para mandar o primeiro pro inferno).
                 Depois nós professores reclamamos dos alunos, quando estes reclamam das regras, do prazo estabelecido, dos moldes ou de qualquer coisa que foi pedido. Sem falar do linguajar chulo e estapafúrdio, inadequado para quem cobra tanto postura e adequações dos alunos.
                 Sou contra o "faça o que digo, não faça o que eu faço", portanto.
                 Aliás, cumprir regras é algo extremamente difícil e desagradável, especialmente por boicotar nossas vontades pessoais e individuais em detrimento do coletivo. Por isso mesmo penso ser importante compreender os efeitos do não cumprimento daquilo que tanto exigimos, as tais regras, quando nenhum de nós esta preparado para cumpri-las.
                 Eu, nesse momento, arrependia-me de ter nascido, de estar ali, e de ter colegas dispensáveis tão ignóbeis. 
                 Caos. Prova. Caos.





domingo, 24 de novembro de 2013

Não é brincadeira! (parte 69)

Da série "escola não é brincadeira":



(Então: tudo isso é estupidez mesmo)










sábado, 23 de novembro de 2013

Não é brincadeira! (parte 68)

Da série "escola não é brincadeira":


(Isso não é recomendado para famílias com 3 filhos ou mais...)






sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Rebeldia

Como cobrar consciência da sociedade quando a sociedade não sabe o que é consciência?



          Um certo pai de uma aluna:

          - Professora, o que eu faço? Minha filha esta mentindo demais, não sei o que fazer!
           A professora, confusa, titubeou alguns segundos.
          - Mentindo? Como assim, mentindo sobre o que? - perguntou ela.
          - Mentindo, professora, pede dinheiro para comprar uma coisa e compra outra. Diz que vai à casa de uma amiguinha e não vai, desaparece por horas!
          A professora me olha, perplexa.
          O pai trouxe seus problemas pessoais e familiares para a escola, não tinha com quem conversar. Ficamos atônitos. E casos assim não é exceção.
          Dei-lhe um tapinha no ombro, consolando-o.
          - Se prepara, meu amigo! Daqui pra frente isso será uma constante. Sua menininha esta crescendo, entrando na adolescência: novos tempos, novos problemas!
          Obs.: a “menininha” em questão tem apenas 10 anos de idade.

           Professor é também psicólogo, ombro amigo, consolador, gerenciador de problemas etc.
          O caos nos visita mesmo quando as famílias não sabem como criar seus próprios filhos. Dá pra acreditar?





quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Negro


Na semana da consciência negra, é interessante indicar (sempre) "Olhos azuis". Eu indico.





quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O Dia

Eu não sou descendente de Escravos. 
Sou descendente de pessoas que foram
Escravizadas. 


É isso. É caos.



terça-feira, 19 de novembro de 2013

Consciência

Somos negros e mulatos? Ou somos a sombra do que não sabemos?



               Nesse dia 20 de Novembro, dia da Consciência Negra, algumas reflexões tornam-se pertinentes. Lá vamos nós...
              Muitos alunos questionam-me acerca das cotas para negros nas universidades, leis e outros programas afirmativos, entre tantos temas polêmicos e de difícil compreensão, e eu sempre me vejo numa saia justa tentando em vão conciliar prós e contras de cada indagação. Mas o fato é que é difícil posicionar-se sem, antes, relembrar e levar em conta fatos e contextos importantes da nossa história. Ou seja, entender o passado para consertar o futuro, compreender as causas para atenuar as consequências... 
              É bom que se diga, antes de mais nada, que a maioria desses questionamentos é feito por alunos não negros, isto é, por alunos que por diversas razões rejeitam as cotas e/ou qualquer ato que se configure (assim o consideram) como vantagem.
              Explico-me:
              Trabalhando em duas instituições de ensino todos os dias, pública e particular, e sendo elas tão diferentes e tão próximas geograficamente (no extremo da periferia, portanto), posso dizer que tenho uma visão mais que privilegiada sobre diversos assuntos. Posso observar e comparar as duas escolas todos os dias, em todos os seus defeitos e qualidades, como poucos profissionais teriam a curiosidade de fazer, e "curtir" as mais minuciosas revelações desse privilégio. E essa comparação se dá, também, na questão étnica e/ou racial. Especialmente quando o assunto é oportunidades.
              Na escola pública, por exemplo, a quantidade de alunos negros e/ou próximos disso (mulato, pardo, etc.) ultrapassa fácil os 40% em cada sala. E esse número só não é maior porque ainda há uma dificuldade imensa dos jovens e crianças em aceitarem-se ou reconhecer-se como negro. Já em escola particular, entretanto, o número de alunos negros não passa de um indivíduo por sala. E há salas onde não há sequer um único negro entre os alunos.
             O mesmo ocorre no quadro de professores: na escola pública parte significativa é formada de mulheres e homens negros. Na particular esse percentual cai drasticamente: posso afirmar que me incluo entre os poucos da raça que não somam mais de dois (talvez) três professores, se muito...
             O que há de errado, então, num país essencialmente descendente dos negros e de tantas miscigenações? Onde esta a igualdade?
             As oportunidades não são iguais, e levarão ainda muito tempo para sê-lo. O pior se dá quando o aluno que é negro, também é do sexo feminino e mora na periferia extrema de grandes cidades (como nos lugares onde leciono). A situação agrava-se tanto mais quando a escolaridade é baixa, quando há gravidez na adolescência, e quando este tem uma família desestruturada (boa parte dos meus alunos de escola pública tem esse perfil). 
             Isto é, a consciência esta bem longe de ser honrada. E tudo evidencia que o abismo só tende a crescer, caso não se faça alguma coisa, enquanto o caos  nos vigia solene. E é preciso que se pense a respeito, que os alunos se reconheçam como tal e que reivindiquem seus direitos (históricos e atuais) para que esse dia de consciência faça tanto ou mais sentido que o escrito. Caso contrário, é o caos perpétuo.
         




segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Dia de Prova (Parte 1)

O que esperar de quem nada se pode esperar?



            Nesse domingo último (17/11/2013) fui fazer as provas do concurso para Professor do Estado de São Paulo. E, como sempre, caos. Lógico.
           A história se deu assim:
           Chego cedo. Um temporal lá fora, não conheço o local e nem as pessoas que participarão do processo também. Ando de lá para cá, aguardando o horário, o sinal toca, subimos às salas.
            Eu me sento, confiro meu nome na etiqueta, cumprimento formalmente alguns à minha volta, quero começar logo. Então alguém puxa assunto (que droga!), comenta, reclama de qualquer coisa. Eu finjo que escuto, concordo num sorriso amarelo, ergo as sobrancelhas. A pessoa insiste, peço que repita (eu não ouvi nada do que havia dito), então ouço a sequência de asneiras:
             - Que droga de prova, né? - diz a pessoa, puxando conversa.
             - É - eu respondo, meio sem jeito - mas tem que fazer, né?
             - Não sei pra que essa prova! O governo é uma merda mesmo...!
             Tá, entendi. A pessoa vai falar mal do governo, teorias da conspiração, provavelmente alguém engajado com sindicatos etc. Tô fora. Definitivamente não quero conversar com essa pessoa. Quero a prova.
              - Blá-blá-blá... - segue a pessoa
              - É... - eu respondo.
              - Blá-blá-blá...
              - É...
              - Blá-blá-blá...
              - É...
              E segue-se assim até a entrega e início da prova. 4 horas de manhã e mais 4 horas à tarde. Minha vida não é nada fácil. O caos acompanha-me em todos os momentos.





domingo, 17 de novembro de 2013

Não é brincadeira! (parte 67)

Da série "escola não é brincadeira":
  
  

(Imagem ruim, mas, se vira: usa uma lupa!)





sábado, 16 de novembro de 2013

Não é brincadeira! (parte 66)

Da série "escola não é brincadeira":
  


(É isso mesmo, Calvin. De onde menos se espera é que... não vem nada mesmo.)








sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Concurso (sem posts)

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estudando para concurso... (sem posts por enquanto, sem caos para rebater)
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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Concurso (sem posts)

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estudando para concurso... (sem posts por enquanto, sem caos para rebater)
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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Prova (Parte 1)

Se o sistema nos corrompe, o que então nos resta?

               
               
               É curioso notar o quão seres humanos são semelhantes e, contudo, mal se nota.
               Hoje me deparei com uma realidade: tudo o que de melhor e mais importante aprendemos ao longo da vida, foi conquistado fora da escola. Especialmente para quem tem 25 anos de idade ou mais...
              Vou tratar melhor acerca do assunto em post's futuros. Todavia, assusta-me concordar que o ambiente escolar (o lugar onde trabalho e passo quase 12 horas do meu dia) é nada mais que um ponto de encontro obrigatório... Um lugar onde tudo importa menos o conhecimento, os saberes científicos, humanos etc. Triste. Caos.




terça-feira, 12 de novembro de 2013

Crenças (Parte 5)

Quando o conhecimento científico e a lógica são descartados, o que nos resta é a barbárie, o abismo profundo da fanatismo e a não evolução. Quem estiver disposto, que se aventure. Eu não.


(Richard Dawkins: professor, biólogo, evolucionista e ateu)


               Havia um tempo em que pessoas morriam se não aceitassem uma crença, se a negassem ou se propagasse ideias contrárias aos seus interesses. Hoje, contudo, a desfaçatez embute-se em ideias estúpidas e pouco inteligentes. Mas que incutida no inconsciente coletivo, parece-se tanto com uma verdade absoluta tanto quanto o luz do dia.
               Isso ocorre, por exemplo, quando falamos de temas genéricos tais como o poder dos médicos: quando o paciente é curado, diz-se que foi a mão de deus. Quando o paciente morre, é incompetência mesmo.
               Basta assistir aos programas religiosos diários de TV para notar o quão ignorantes ainda estamos, e o quanto o povo ainda é carente de cuidados específicos de saúde, segurança e moradia (entre tantos). Mais ainda: é carente basicamente de conhecimento acerca do mundo que os cerca. Uma pessoa bem esclarecida nota que a total ausência de lógica nas justificativas religiosas são, no mínimo, grotescas.
              Há duas semanas um aluno desabafou a sofrimento e a agonia de sua família, pelaquerida  avó enferma, e os esforços e súplicas religiosas para que ela melhorasse. Explicou com detalhes as correntes de orações, madrugadas após madrugadas, bem como o dízimo, o líder religioso, as dores, as tristezas, os sentimentos a flor da pele e toda a angústia familiar em volta da anciã enferma. Pois, para deus, nada é impossível - ele ratificou
             Dias atrás o aluno faltou algumas aulas e, quando reapareceu, comentou do falecimento da avó. Seu desencanto e sua imensa consternação me tocaram. Senti por ele. Pela esperança desfeita. Ele estava de fato muito transtornado.
             - Pedimos tanto por ela e não fomos ouvidos! O que você acha, professor? 
             Eu não lhe disse nada. Não me senti nesse direito. Às vezes é melhor deixar que cada um aprenda com suas próprias tragédias pessoais.
              - Minha mãe disse que essa foi a vontade de deus. Mas por que, então, tivemos que rezar tanto se deus havia decidido tudo?
                Eu sorri. De certa forma ele já havia descoberto a resposta: a única coisa que realmente nos cerca é caos.





                  
              

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Crenças (Parte 4)

Crer e dizer. Não crer e calar-se? Como assim?



            É curioso (para não dizer ridículo) o quanto a hipocrisia esta impregnada nos conceitos e em nossas relações sociais. 
            Explico-me: muitos professores têm suas crenças e seguem (ou não) religiões de variados tipos e denominações, como qualquer outro profissional, e é aceitável que este fale aos alunos sempre que indagado acerca dos dogmas que segue, do feitos e detalhes de sua religião em específico etc. Ninguém reclama se este chega a professar sua , testemunhar as vantagens do seu padre, bispo, apóstolo ou pastor. Nem pais, nem direção, nem alunos, ninguém se queixa. Contudo, a mesma naturalidade se dá quando um professor se confessa não crente, descrente ou ateu? Posso atestar que não...
           As melhores reações vêm sempre dos alunos (claro), e destes as perguntas e indagações mais interessantes ainda surpreendem mais. Jovens têm maior facilidade em compreender o diferente. Oposto aos que há décadas já estabeleceram seus parâmetros os declararam imutáveis e irremovíveis. Contudo, a indagação persiste incômoda: se um professor pode declarar sua fé, outro pode também declarar o seu ateísmo? O fato de crer ou não em deuses faz dele um profissional pior ou melhor? 
           Ainda me assusto com as caras e bocas, despropositadas na maioria das vezes, quando recebem a notícia de que alguém não crê. Não por uma decepção específica, um trauma ou coisa que o valha. Mas pura e simplesmente porque este assim o deseja e deliberadamente o decidiu. Mais ainda: num tempo em que se diz tanto sobre a integração, compreensão e aceitação do outro, do diferente, é inacreditável como temas e tópicos feito o ateísmo (por exemplo) ainda despertam fúrias descontroladas de estúpidos fanáticos e desinformados. Uma pena, realmente.
           Minha esta no caos.
            






domingo, 10 de novembro de 2013

Não é brincadeira! (parte 65)

Da série "escola não é brincadeira":


(Concordo)





sábado, 9 de novembro de 2013

Não é brincadeira! (parte 64)

Da série "escola não é brincadeira":



(Se deu mal, Calvin)








sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Crenças (Parte3)

Richard Dawkins, socorra-nos!




             O professor, biólogo e evolucionista Richard Dawkins (por um acaso, também ateu) trava já ao longo de muitos anos uma verdadeira batalha para assegurar o ensino técnico-científico em escolas públicas de todo o mundo. Especialmente em entidades de ensino britânicas, de onde o ele é. 
             Lá, como em outros lugares, omite-se propositalmente as descobertas acerca da evolução das espécies, tratada na obra principal de Charles Darwin, em nome de crenças outras que a este opõem-se radicalmente. O prejuízo, lógico, é o da evolução do conhecimento...
             São notórios na internet os vídeos e documentários do biólogo evolucionista sobre o tema, onde o mesmo bate muito (e sem dó) principalmente nas crenças monoteístas dominantes de todo o mundo, a despeito do imenso desconhecimento histórico científico que isso pode nos causar. E, para ser enfático, concordo em número, gênero e grau com ele.
             Crer, antes de mais nada, é um gesto íntimo, pessoal e inalienável. Todos têm esse direito e assim o deve ser. Mas esse direito não pode sobrepor o conhecimento técnico, baseado em observação, experimentação e interpretação, para ensinar-se nas escolas exatamente o seu inverso.
               Se alguém deseja crer que o mundo não tenha mais que 5 mil anos de idade, tudo bem. Se esse mesmo alguém for professor, for responsável por propagar o conhecimento, e ainda assim deseja negar as evidências científicas, então temos um grave problema. Pois, como já disse, o risco é do retrocesso.
               Pior: o risco é o do fundamentalismo religioso. Já que é sabido a visão e a opinião destes acerca do aborto, homossexualismo, entre outros (totalmente inverso à realidade crítica atual, aliás).
              Qualquer outro conhecimento que não o histórico científico (sem comprovações) até pode ser ensinado, sim, para crianças, mas fora das escolas (e sem dinheiro público, de preferência). Mas o caso é que Religião não é para crianças. Política não é para crianças. Economia, Filosofia e Sociologia também não são para crianças. Como o Caos não é para crianças.





quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Crenças (Parte 2)

Evolucionismo ou o quê?



           Me assusta a ideia de que a crença religiosa (seja ela qual for) possa se sobrepor ao conhecimento científico, às descobertas seculares e as verificações históricas que dispomos.
           Vivemos num país laico, livre e todos têm o direito à crença. Contudo, é pavoroso observar professores de ciências, biologia e afins que omitem propositalmente tópicos científicos (como a teoria da evolução, por exemplo) a despeito de crenças íntimas e pessoais, como o fato de a Terra ter sido criada em 7 dias.
           Que se conteste a existência exata dos Dinossauros (extintos há centenas de milhões de anos) ou a evidência científica de um ancestral comum que ligam os seres humanos aos símios, vá lá (ou não), mas é inegociável que se evidencie sim as descobertas e a história do conhecimento científico ao longo da humanidade para jovens estudantes... 
           Pois, como se sabe, esses mesmos conhecimentos e descobertas nos trouxeram até aqui, nos fizeram avançar e evoluir (socialmente falando), e nos permitiram o avanço médico de que dispomos, além da cura de doenças e a eliminação de crenças obsoletas, estúpidas e estapafúrdias (a catalepsia e a lepra, por exemplo, eram consideradas "maldições" ou coisa do gênero).
            Hoje, negamos a evolução em troca de crenças outrem. Amanhã, permitimos a exclusão daquilo que não for mais conveniente ensinarmos nas escolas, como a Filosofia clássica, o raciocínio lógico etc. É um perigo, ainda mais, para quem consegue olhar pelo espelho retrovisor e recordar facilmente os dias de opressão, decapitação e as "fogueiras" de bruxas
            Eu, de minha parte, acredito mesmo é no caos.






quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Crenças (Parte 1)

O que faz de uma pessoa um bom professor?



           Ao longo desses anos tenho observado toda a sorte de colegas professores, dedicados ou nem tanto, além dos despreparados, desmotivados e os completamente desinteressados pela própria profissão.
           É assustador notar que esses profissionais são responsáveis pela formação e pelo despertar intelectual da massa futura do Brasil... Quase todos os dias vejo e ouço asneiras inaceitáveis, bobagens inimagináveis e toda uma gama de profundo desconhecimento desses sobre o que é (e do que deveria ser) uma escola.
           Concordo que os baixos salários atraiam justamente os profissionais menos qualificados (pessoas com a mesma formação em outras áreas ganham melhores salários quando estão fora da Educação), entretanto, era preciso que estes ao menos se conscientizassem do importante e fundamental papel que desempenham. Ganhar pouco, nesse caso, não é desculpa para um péssimo trabalho.
           A maioria das pessoas nem imagina o quão despreparados parte significativa de professores e professoras entram em salas de aula, especialmente no extremo da periferia, onde os mais qualificados e especializados não chegam. Pior: a atitude destes é por vezes deliberada e proposital. É comum notar professores “enrolando”, “enchendo linguiça” ou mesmo entulhando alunos de cópias de livros didáticos só para passar o tempo, e durante todo o ano letivo.
          A minha postura crítica (essa que faço agora, por exemplo) é, antes de qualquer coisa, mal vista e desaprovada pela maioria dos meus colegas (claro). Todavia, como pai de filhos também estudantes de escola pública e professor apaixonado pelo que faz, sinto-me profundamente agredido por essa situação. Dialogar com essas pessoas é impossível. O profissional brasileiro em via de regra não gosta de receber uma crítica, de ser avaliado ou de receber “um toque”. E tudo segue-se na mais perfeita harmonia propícia para o caos: professor despreparado e desmotivado; aluno mal formado. 






terça-feira, 5 de novembro de 2013

Doce Novembro

Qual o sentido da vida?



          Essas e outras perguntas foram feitas a alunos de várias idades, repentinamente, sem que tivessem muito tempo para pensar. Após alguns segundos e minutos, então, as ideias começam a fluir. E é como água caudalosa rio abaixo...
          Jovem age jovem em qualquer época, pude aprender isso com total facilidade.
          Seus anseios e suas indagações são as mesmas de antigamente, independem de tempo local, e no fundo todos queremos a mesma coisa: um pouco de paz, alegria e encontrar a felicidade.
          Em posts futuros trarei minhas impressões acerca dessas e de outras discussões (em plena aula de matemática) e do quão surpreendente podem ser uma conversa franca e aberta, honesta, justamente numa época em que imperam egoísmo e individualismo.
          Qual o sentido do caos?





segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Halloween

Abóboras, caos e delinquência cultural.



             É curioso como o brasileiro ainda se entusiasma com a cultura alheia, com os personagens alheios, e dedica tempo, dinheiro e energia à estórias que nada tem a ver conosco. É por essas e outras que os americanos dominam todo o mundo: afinal, eles nos venderam o seu estilo de vida, seu modo de viver, suas crenças e seu próprio folclore.
             Oras, que tem a ver o Halloween com o nosso povo, nossa história e nosso próprio folclore, aliás? Que há de errado com o nosso folclore? O Saci e a Mula sem cabeça, o Curupira e tantas outras estórias já não são mais do que suficientes?
             Entendo todos esses conceitos de cultura e de aculturação (um processo complexo onde um povo recebe influências profundas de outrem, etc., etc., etc.). Contudo, ainda penso que se poderia incentivar a prática e o profundo conhecimento dos nossos próprios personagens folclóricos, nossas estórias, e a história contida na trajetória desses. 
             Receber influências externas cegamente, de outros países com suas culturas impostas, é tão saudável quando beber detergente líquido. Pior: fomentar apenas esse viés é tão maléfico quanto. Há mais riqueza em nossa própria cultura quanto em qualquer outra. Entretanto, persiste ainda o mesmo modus operandi de sempre: o complexo de cachorro vira lata do qual Nelson Rodrigues tanto falou. A ideia de que a grama do vizinho é mais verde que a nossa permanece: a cultura de países desenvolvidos nos parece melhor e mais aprazível que a nossa própria...
             Enquanto isso, o caos fantasia-se de vela dentro de uma abóbora.









domingo, 3 de novembro de 2013

Não é brincadeira! (parte 63)

Da série "escola não é brincadeira":


(Concordo)













sábado, 2 de novembro de 2013

Não é brincadeira! (parte 62)

Da série "escola não é brincadeira":


(Ouço isso todos os dias)








sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Aniversário







Agradeço a todos os
desocupados 
que me deram os Parabéns.

Grato!