Caos. Começo assim, pelo fim.
É triste como a coisa pública tem, em geral, péssima
qualidade e quase nenhuma eficiência. Às vezes, a luta chega a ser desumana. E
digo isso do outro lado, o de dentro. Do lado de quem se esforça em prestar tal
serviço com qualidade aceitável, se possível, e quase nunca consegue.
Um exemplo prático: um aluno indisciplinado, por exemplo,
precisa ser orientado e encaminhado pela direção escolar, contatada a família
etc., para que o problema seja resolvido, os pais tomem ciência e ajam. E para
que também o professor consiga, enfim, dar aula para outros 40 da mesma sala. Mas
experimente fazê-lo, então, e verás que o inferno é aqui.
Não há pessoal suficiente. Nunca há.
E quando há, nada se
resolve, empurra-se para um e para outro. O professor fica desmoralizado, em
sala, obrigado a conviver com sérios problemas de indisciplina. Em certos
momentos, até com problemas de agressões diretas. Eu pessoalmente já fui
agredido com um tapa na cara. Fiz B.O. Mas e daí?
Nada se altera no cotidiano.
Aquele aluno indisciplinado logo se tornará 2, depois três e
4. E tudo ficará como hoje está: caos.
Não é correto esperar que a 7.ª (ou 8.ª) potência econômica
mundial salve a si mesma. Estamos criando uma geração do “Abaixo ao NÃO”, e
esperamos que ela garanta a nossa aposentadoria.
Outra vez, o caos. Agora sim é
o fim.