sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Estabilidade só protege 
os incompetentes

Resultado de imagem para atendimento ruim
             Se você faz um trabalho ruim ou pouco satisfatório logo é mandado embora, perde o emprego e vai retomar seu caminho em outro lugar. É difícil para a empresa justificar essa demissão e, por isso mesmo, a legislação obriga que as instituições paguem uma multa como indenização. Pronto. Simples assim. O empregador não se vê obrigado a carregar um funcionário preguiçoso, que falta muito além do suportável, que não se recicla, não colabora, não acrescenta em nada, ou é simplesmente incompetente mesmo. E o sujeito, por sua vez, recebe o que lei manda e reflete (ou não) sobre suas práticas profissionais enquanto busca uma outra recolocação. 
             Mas no serviço público isso não é assim. 
             Há um filtro de entrada que é o concurso público (uma prova e, dependendo do tipo de serviço, algum tempo de probatório que pode levar anos) e mais nada. Depois disso se o sujeito falta ao trabalho, deixa de realizar um bom serviço ou pouco se importa em desempenhá-lo com excelência, o Estado tem de carrega-lo até que se aposente. Conheço muitos professores e  profissionais da educação assim. Creio que na área da saúde, segurança e tudo quanto é lugar onde o Estado precisa de pessoas para exercer uma atividade é a mesma coisa. Os motivos? São muitos, eu concordo. E boa parte desses giram em torno das difíceis condições de trabalho, os salários sempre abaixo do aceitável e a quase inexistência de incentivos de carreira. O que não justifica, em hipótese nenhuma, o trabalho horrível que essas pessoas desempenham.
          Creio que em breve pagaremos um preço muito caro pelos péssimos serviços públicos que recebemos (e no meu caso, pelo que oferecemos). Aqui e ali já ouço algumas vozes se levantando, mas não demora e as pessoas logo irão questionar o que pode ser um dos motivos dessa ineficiência: a estabilidade do serviço público. Permanecer décadas com um funcionário preguiçoso, desatualizado e incompetente não parece ser razoável para nenhum negócio que se preze, e também não deveria ser nos serviços públicos. 
         Essa é uma reflexão necessária e importante. Trabalhamos menos do que deveríamos e nos esforçamos muito pouco para buscar excelência, quando muito aquele arroz com feijão pra garantir o ponto do dia. E olhe lá.
         Se a educação pública fosse uma empresa privada ela teria morrido no primeiro dia de vida.

        Caos, porque você trabalha tão pouco?