terça-feira, 11 de novembro de 2014

SARESP

Há um abismo entre o 
mínimo ideal e a nossa realidade



            É comum professores ouvirem que o deve-se "valorizar o erro", que não se pode "constranger o aluno" ou mesmo dizer que isso e aquilo "esta errado", que "não esta certo", "não é assim que se faz" etc.
      Mais ainda: que nós, professores, precisamos "entender" o aluno, "mergulhar em sua própria realidade" e toda essa babaquice no qual o mundo te se tornado. Aí vem o exame do SareSP e a realidade nua e crua se mostra: questões objetivas, múltipla escolha e correções dizendo o que esta certo e o que esta errado. Simples assim. Sem floreios. Sem frescura. Certo e errado. Pronto.
           O mesmo ocorre durante as avaliações do ENEM: sabe resolver? Se sim, esta dentro. Se não, fora! O mundo, aliás, é assim. Gostemos dele ou não.
             O pouco que vi dos alunos foram caras esquisitas, observando provas esquisitas, que eles mal sabiam como resolver. Curioso notar como ninguém reclama. Eles simplesmente escolhem qualquer alternativa e pronto, entregam a prova em 20 minutos [quando o tempo mínimo é de 2 horas].
             Sinto que estou perdendo o meu tempo trabalhando em escolas. Sinto que sou uma alma perdida lutando por algo que ninguém deseja modificar: professores reclamam de tudo, alunos reclamam de tudo, e todos reclamamos juntos do Estado. Pois é sempre importante eleger um inimigo máximo comum... Uma verdadeira bosta.


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