segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Pouco

Este é o nosso mundo: o que é demais nunca é o bastante.



         Quem estuda mais ganha mais. Quem estuda pouco ganha menos.
         Essa lógica tem suas exceções, claro, como tudo na vida. Entretanto, ninguém quer arriscar não estudar e ver o que acontece; talvez você não seja a exceção do mundo, e seja melhor não arriscar...
         Mas um famoso matemático americano diz que professores não devem associar estudos e conhecimentos com um emprego, por exemplo. Underwood Dudley afirma que a sociedade possui softwares, modelos e esquemas, tabelas e programas para resolver situações do nosso dia a dia. Não precisaremos resolver uma fórmula de Bháskara para solucionar uma determinada questão... não precisamos aprender Matemática para "arrumar um emprego"! Concordo com ele....
          Mas, para que serve (então) o conhecimento escolar de hoje? Esse é o X questão.
         Se o mercado de trabalho não utiliza esses conceitos de maneira literal (e pouco importa se o sujeito é bom na resolução de uma equação) o que é importante então? Talvez essa seja a pergunta mais relevante de todas: que conteúdo nós deveríamos ofertar aos alunos, então, desde muito cedo? Em qual direção seguir?
         Há quem pense que o mercado não deveria reger a escola, o seu conteúdo e o conhecimento que lá é disseminado. Acontece que assim o é hoje. E por isso mesmo a escola é caótica e desorganizada, suas disciplinas são desconexas e nada parece fazer sentido realmente. 
       Nós, professores de diferentes matérias, ensinamos a mesma coisa, no final das contas. Mas parece que viemos de planetas diferentes. Uma pena.
         O aluno não consegue relacionar que plano cartesiano (por exemplo) pode conter matemática, geometria, geografia, história, ciências e artes numa única lição. É triste, mas falhamos nesse ponto. Falta empenho e vontade, coragem de ousar por parte dos professores, e poder por parte das escolas em investir num modelo mais arrojado. Um pena parte 2.
         Caos me deixando maluco.