terça-feira, 11 de março de 2014

Felicidade

Parte 2

Viver é seguir regras.
Mas, até a morte?



            Observo os alunos. Correm para terminar minha prova a tempo. Imagino o futuro de cada um, os múltiplos destinos e as infinitas possibilidades. Avalio cada um conforme a regra geral, "certo" e "errado", encontro parâmetros diversos para justificar cada nota, mas a é verdade que nada disso parece fazer sentido. Minha nota, no papel, não fará diferença alguma na vida de nenhum deles. Sinto isso sinceramente.
            A minha obsessão por incluir algo importante na vida desses jovens e crianças as vezes me cansa totalmente. Esgota-me por completo. A escola  moderna esta equivocada, perdida nesse início de seculo 21, confusa feito cego no meio de tiroteio. É difícil convencer alunos, colegas professores e mesmo a instituição escolar a seguir caminhos "alternativos", "complementares". Algo que valha realmente a apena no dia a dia escolar, ante um mundo tão competitivo e tecnológico, parece mesmo impossível. Paramos no século 19. Essa é a nossa realidade atual.
            Engana-se que jovens e crianças gostam de "inovação", de "desafios" e novos projetos para educação (seja lá o que isso signifique). Adolescentes gostam mesmo é de Internet, Vídeo Game e azaração. Todo o resto é bobagem. Para eles, escola é e sempre será chato, chata e todos os outros adjetivos correlatos.
             Em minha opinião a escola atual deveria ser extinta. Expurgada. E ceder espaço ao avanço, ao novo verdadeiro e à modernidade. Isso sim seria evolução. E não tentarmos consertar o que não tem conserto, o que é chato e o que não possui solução. Precisamos nos livrar dos professores preguiçosos, dos diretores preguiçosos, dos profissionais que filosofam a educação e não vivem um décimo da prática em ambientes escolares.
             Caos. Caos, e um pouco mais de caos.