segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Dia de Prova (Parte 1)

O que esperar de quem nada se pode esperar?



            Nesse domingo último (17/11/2013) fui fazer as provas do concurso para Professor do Estado de São Paulo. E, como sempre, caos. Lógico.
           A história se deu assim:
           Chego cedo. Um temporal lá fora, não conheço o local e nem as pessoas que participarão do processo também. Ando de lá para cá, aguardando o horário, o sinal toca, subimos às salas.
            Eu me sento, confiro meu nome na etiqueta, cumprimento formalmente alguns à minha volta, quero começar logo. Então alguém puxa assunto (que droga!), comenta, reclama de qualquer coisa. Eu finjo que escuto, concordo num sorriso amarelo, ergo as sobrancelhas. A pessoa insiste, peço que repita (eu não ouvi nada do que havia dito), então ouço a sequência de asneiras:
             - Que droga de prova, né? - diz a pessoa, puxando conversa.
             - É - eu respondo, meio sem jeito - mas tem que fazer, né?
             - Não sei pra que essa prova! O governo é uma merda mesmo...!
             Tá, entendi. A pessoa vai falar mal do governo, teorias da conspiração, provavelmente alguém engajado com sindicatos etc. Tô fora. Definitivamente não quero conversar com essa pessoa. Quero a prova.
              - Blá-blá-blá... - segue a pessoa
              - É... - eu respondo.
              - Blá-blá-blá...
              - É...
              - Blá-blá-blá...
              - É...
              E segue-se assim até a entrega e início da prova. 4 horas de manhã e mais 4 horas à tarde. Minha vida não é nada fácil. O caos acompanha-me em todos os momentos.