O que esperar de quem nada se pode esperar?
Nesse domingo último (17/11/2013) fui fazer as provas do concurso para Professor do Estado de São Paulo. E, como sempre, caos. Lógico.
A história se deu assim:
Chego cedo. Um temporal lá fora, não conheço o local e nem as pessoas que participarão do processo também. Ando de lá para cá, aguardando o horário, o sinal toca, subimos às salas.
Eu me sento, confiro meu nome na etiqueta, cumprimento formalmente alguns à minha volta, quero começar logo. Então alguém puxa assunto (que droga!), comenta, reclama de qualquer coisa. Eu finjo que escuto, concordo num sorriso amarelo, ergo as sobrancelhas. A pessoa insiste, peço que repita (eu não ouvi nada do que havia dito), então ouço a sequência de asneiras:
- Que droga de prova, né? - diz a pessoa, puxando conversa.
- É - eu respondo, meio sem jeito - mas tem que fazer, né?
- Não sei pra que essa prova! O governo é uma merda mesmo...!
Tá, entendi. A pessoa vai falar mal do governo, teorias da conspiração, provavelmente alguém engajado com sindicatos etc. Tô fora. Definitivamente não quero conversar com essa pessoa. Quero a prova.
- Blá-blá-blá... - segue a pessoa
- É... - eu respondo.
- Blá-blá-blá...
- É...
- Blá-blá-blá...
- É...
E segue-se assim até a entrega e início da prova. 4 horas de manhã e mais 4 horas à tarde. Minha vida não é nada fácil. O caos acompanha-me em todos os momentos.