sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Frases estúpidas?

A educação é uma coisa admirável, mas é bom recordar que nada do que vale a pena saber pode ser ensinado."


Oscar Wilde


(Logo se vê quem já entrou numa sala de aula)

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Extremo

Quanto custa a educação? Quanto custa a sua educação?

A razão de uma coisa funcionar e outras não é um mistério previsível que um dia pretendo solucionar. Contudo, resta-nos a resignação ou a indignação.


               "Querido diário" (kkkkkk!), hoje recomeçaram as aulas também no colégio particular. E uma vez mais incomoda-me o quanto um pequeno universo composto de profissionais eficientes, organização levada muito a sério e compromisso com a ordem absoluta, faz total e completa diferença. Sim, estou comparando com as escolas públicas onde trabalho; sim, é meu defeito observar, observar e observar cada vez mais...
               Fico feliz por fazer parte desse time, por ter tanta liberdade de trabalho (algo muito raro em escolas) e pela chance de concentrar-me apenas e tão somente em minhas aulas, projetos e atividades específicas para os meus alunos. Vocês não fazem ideia do quanto isso é importante; não ter de berrar nem bater de frente com pequenas joias raras é o céu. Sinto-me feliz por isso.
               Sinto-me antagonicamente triste por não encontrar o mesmo ambiente em outras instituições onde trabalho, e de observar - dia após dia - que todo o mal das escolas tem como raízes vertebrais a absoluta falta de gestão e a desunião entre colegas professores. É uma guerra constante de egos, interesses pessoais acima do bem comum, somados aos maus tratos que recebemos do Estado e das famílias dos alunos todos os dias.
               Num momento meu trabalho rende, sinto-me realizado, enquanto que noutro a dor e o horror cortam minha pele. Às vezes ouço tantos palavrões e xingamentos dos alunos de escola pública que minha auto estima vai pelo chão. Dói. E dói muito. Não há salário que compense isto. Não há razão para nós professores não nos unamos e revertamos tal situação. Se uma pequena escola particular de periferia consegue, não vejo razão para outras escolas não conseguirem. 
               É isso, é o caos em minhas entranhas novamente. Começou o ano letivo.






quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Proibido

Já fiz o meu planejamento anual escolar. Mas 
estou proibido de dar aulas. Acredita nisso?


               Realizei o planejamento escolar, estou pronto para começar as aulas, entretanto, estou "proibido" de entrar em escola pública antes do dia 31 de janeiro e 2014Isso mesmo: proibido.

               Como ainda sou professor contratado, isto é, trabalho sob um regime de contrato anual, tenho de esperar uma "quarentena" para que somente no primeiro dia de Fevereiro e 2014 possa iniciar os meus trabalhos como professor. Detalhe: as aulas começaram no dia 27 de Janeiro para milhares de alunos em todo o estado. Até lá, os estudantes amargam inúmeras aulas vagas, enquanto matérias e conteúdos escolares se acumulam aos montes.

               Parece um conjunto maluco de estupidez e burrice, não? Mas assim é que ocorre em todos os anos: professores não podem dar aulas enquanto não cumprem uma "quarentena" fora das escolas. Na verdade trata-se de uma "tática" do governo para não configurar vínculo trabalhista com os professores que trabalham em São Paulo. Assim, podem contratá-los indefinidamente sem pagar encargos e direitos como FGTS, indenizações e seguro desemprego.

                Enquanto isso, na TV, mães e alunos queixam-se. O governo, por sua vez, repete o mesmo de sempre: realizaremos concursos, contrataremos mais professores, faremos o possível, etc, etc, etc.

                Caos, bem vindo a 2014.




terça-feira, 28 de janeiro de 2014

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

domingo, 26 de janeiro de 2014

Sim


sábado, 25 de janeiro de 2014

São Paulo

460 anos


Você ainda me oprime. Você já não me assusta mais.





sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Decepção

Curioso notar o quanto o brasileiro "diz"

 que educação é importante.



              Se isso fosse verdade, conhecimento seria melhor e mais aproveitado. 
             Ao contrário disso: vivemos num país sem furacão, terremoto ou maremoto, neve, tsunami ou acidente nuclear; temos sol, chuva e terra fértil o ano inteiro e, contudo, desperdiçamos nossas forças e potencial sonhando em jogar bola, entrar num reality show ou ganhar dinheiro fácil. O resulto é óbvio e ululante, tornamo-nos uma sociedade deficiente, com poucos médicos e bem formados, poucos engenheiros e bem formados, poucos profissionais que elevem o nível do nosso país e bem formados. Hoje, percebo que tudo e qualquer coisa é mais importante numa sala de aula, menos o conhecimento que ofertamos, o desbravamento de um admirável mundo maravilhoso.



quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Decepção 2

Curioso notar o quanto o brasileiro "diz"
 que educação é importante.




              Se isso fosse verdade, os estudantes brasileiros seriam mais dedicados, menos preguiçosos e reclamariam menos.
             Ao contrário disso: alunos que vêem um professor de ciências entrar na sala de aula e logo dizem, "ah, que chato". Depois o professor de inglês e, adivinhem, "ah, que chato". Então outros e outras matérias, e a mesma reação: "ah, que chato". Aí correm para suas casas confortáveis (cada um na sua realidade e proporção) e passam horas no internet, assistem filmes com efeitos especiais inacreditáveis e pensam: "nossa, como será que isso é feito!" Adivinhem, caros alunos? Alguém certamente estudou muito a parte "chata" da coisa para realizar um grande feito...

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Decepção 3

Curioso notar o quanto o brasileiro "diz" que educação é importante.



              Se isso fosse verdade, os livros e materiais didáticos seriam muito, mas muito mais interessantes. Qual o problema em usar games, jogos e calculadoras em sala de aula? Há filmes, documentários, livros e toda uma sorte de materiais diversos que são bem mais atraentes aos jovens estuantes. 
             Ao contrário disso: experimente só colocar essas ideias às escolas e a alguns pais... O que se ouve é o de sempre: deu "certo" até hoje, pra quê mudar? Pior ainda: "na minha época"...


(Eu sonho com uma "escola de rua", onde alunos e professores marquem via Facebook local, hora e objetivo. Uma verdadeira pesquisa de campo.)



terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Decepção 4

Curioso notar o quanto o brasileiro "diz" que educação é importante.



              Se isso fosse verdade, os diretores de escola seriam menos condescendentes. Explico-me: a minha rotina pessoal em escolas de periferia (pública e também privada) mostrou-me com muita clareza que o "pulso firme" faz a diferença. Isto é, um diretor e coordenadores presentes, ativo e cumpridor dos seus deveres, elevam e muito o nível da qualidade de trabalho de professores e, consequentemente, o melhor aproveitamento dos alunos.
             Ao contrário disso: vejo colegas professores tentando "derrubar" diretores de escola e coordenadores pedagógicos a todo o instante. Trabalhei em escola onde professores incitavam alunos contra a direção, para que houvesse quebra quebra e depredação, pura e tao somente por divergências mínimas. O brasileiro não é bom, efetivamente, em lhe dar com a crítica profissional.



segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Decepção 5

Curioso notar o quanto o brasileiro "diz" que educação é importante.


            



           Se isso fosse verdade, os blogueiros e formadores de opinião construiriam uma frente ampla de reivindicações e de extensa fonte de informações para o público: pais, estudantes e sociedade em geral teriam um manancial de referências honestas e não ideológicas, afim de entender onde, quando e como estamos em nossa sociedade. Apenas a informação salvará a educação, e a educação sozinha não resolve nada. Ela precisa ser direcionada e possuir boas intenções para o todo. Pena que no Brasil ela serve apenas de plataforma para programas políticos, de TV e bate papo sociológicos de 30 minutos em TV a cabo.
           Ao contrário disso: vivemos numa época em que vídeos engraçadinhos têm bilhões de acessos, de importância e de relevância. Ou o "eliminado" da semana que discursa agradecendo a deus, a Zeus e a toda sorte de bobagens que não caberiam aqui. A verdade é que todos nós já fomos eliminados há tempos, e nem notamos.







domingo, 19 de janeiro de 2014

Decepção 6

Curioso notar o quanto o brasileiro "diz" que educação é importante.


           Se isso fosse verdade, o Estado teria um "plano de estado" para a educação (não um plano de governo), algo que tenha em vista o desafio de ao menos 20 anos à frente.
             Ao contrário disso: cada governante que entra dedica-se muito mais em refazer e recomeçar seu próprio "projeto de governo", "projeto de poder", despejando caminhões de dinheiro em projetos dúbios e puramente eleitoreiros. Nós, de cá, assistimos a tudo passivamente. Como sempre.







sábado, 18 de janeiro de 2014

Decepção 7

Curioso notar o quanto o brasileiro "diz" que educação é importante.



           Se isso fosse verdade, o eleitor cobraria do Estado as suas obrigações. Votamos em candidatos e promessas (chamadas de propostas) e, no entanto, ao final de 4 anos lembramo-nos de conferir o set list do que foi ou não cumprido?
             Ao contrário disso: somos obrigados a conviver com puxa sacos partidários, sindicalistas e papagaios de pirata de toda sorte, bradando em nossos ouvidos que eles têm a solução, o conhecimento e o caminho certo para as nossas principais demandas.





sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Decepção 8

Curioso notar o quanto o brasileiro "diz" que educação é importante.


              Se isso fosse verdade, os pais e responsáveis atuariam mais e melhor junto a escola de seus filhos. Mas é lógico que tem sempre um chato (que não frequenta o ambiente escolar, nem público e nem de periferia) trazendo velhos argumentos retorcidos, e alegam que os pais não têm conhecimento e discernimento suficiente para tal. Não concordo. 
             Ao contrário disso: por todos os contatos pessoais que tive, observei que a maioria não se importa mesmo. Para estes a escola é quem deve responsabilizar-se, sozinha, por todas as demandas de formação desses jovens e crianças. Assim fica impossível.



quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Decepção 9

Curioso notar o quanto o brasileiro "diz" que educação é importante.


           Se isso fosse verdade, os meios de comunição dedicariam menos tempo de sua audiência para reality shows e futebol, a despeito de um debate amplo e eficiente sobre o conhecimento, estudos e formação.
             Ao contrário disso: vemos uma ode descomunal ao NADA, ao efêmero e (principalmente) ao que traz somente lucro e status. Estamos realmente perdidos.



quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Decepção 10

Curioso notar o quanto o brasileiro "diz" que educação é importante.


              Se isso fosse verdade, os próprios professores se uniriam um pouco mais para reverter o caos dos nossos dias.
                  Ao contrário disso: debatem entre si com a mesma ferocidade que o Estado nos debela. O resultado é óbvio, em terra de olho por olho todos ficamos cegos.




terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Virtual?

A diferença entre termos. A diferença entre vidas e a informação que não utilizamos.

           Ciclo vicioso e Ciclo virtuoso?
           A simples diferença entre um e outro termo, e a inexplicável confusão que esta causa, mostra o quanto o vestibulando médio esta despreparado.


           Ouvi de alunos prestes ao vestibular essa e outras dúvidas primárias como se fossem abismos intransponíveis . Mas não o são. Elas apenas mostram o tipo de dificuldades que pairam sobre estudantes desmotivados, despreparados e socialmente alienados. Um bom livro, jornais, revistas e o hábito saudável de informar-se e de opinar solucionariam dúvidas assim. Pois, do contrário, como contextualizar a oposição entre vício e virtuosidade?

          Ouvi, aliás, que virtuoso tinha que ver com virtual. Expliquei que não. Insisti. Mas e difícil fazer-se entender. Alguns termos e expressões significam mais que a própria palavra. E expressões e significados mais complexos aprende-se sob um conjunto imenso de conhecimento, não apenas com dicionários, sinônimos e antônimos.

         Decepciona-me que jovens não apenas não compreendam tais significados absurdamente simples, mas, que, possuindo tantos meios possíveis para tal, os dispensem como a um arquivo de MP3 indesejado.








segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Vale a pena

Belo depoimento pessoal.
Vale realmente a pena.









domingo, 12 de janeiro de 2014

Domingo?

Hoje é domingo? 

Sei lá, tô de férias...


(desculpa aê o pessoal do recalque...)



sábado, 11 de janeiro de 2014

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Mérito?

SISU (parte 1)

Pode não ser o modelo ideal (talvez este nem exista) mas garante uma justiça inicial: a do mérito.

          O SISU (sistema de seleção unificada) garante a oportunidade de qualquer aluno, de qualquer lugar do Brasil, candidatar-se à uma vaga em todas as universidades federais do país apenas com a sua nota do ENEM. Problemas à parte, a vantagem esta naquele que é um dos maiores fantasmas do nosso sistema educacional: o do mérito.
          Há alguns anos vem repetindo-se a ideia de que todos os alunos devem ser tratados de igual maneira (concordo) sob a premissa de que todos devem ter as mesmas chances (também concordo), mas na prática os professores sabem que isso tudo é muito diferente. Todos têm a mesma chance, em tese, mas os diferentes níveis de instituições de educação (pública e privada) nos mostram que a disparidade é assustadora. Tanto, que temos uma competição não ampla e irrestrita, mas uma competição entre iguais. E é nesse ponto que o aprimoramento do SISU, ao longo dos tempos, poderá equilibrar essa balança de vantagens e desvantagens.
           
         Ao inscrever-se no Sistema o aluno compete apenas com os seus semelhantes, literalmente, seja ele negro, oriundo de escola pública, de baixa renda ou nenhum desses. O estudante disputa uma vaga apenas com os seus iguais. Se não é negro, não estudou em escola pública e tem uma renda familiar "decente", concorre com outros em igual condição
         Apesar das muitas discussões e ideologias envolvidas, é preciso salientar o ponto positivo do mérito! Todos, indistintamente, têm que obter uma nota mínima e condizente com o nível exigido para ingressar numa Universidade Federal. Negros, brancos, ricos e pobres precisam estudar muito para alcançarem seus objetivos. A "cota", sozinha, não garante e não oferta vagas a qualquer um. Ao contrário: a quantidade de candidatos que optam pelas modalidades ditas "afirmativas" são imensas! Arrisco-me dizer que é a maioria, dada a maior quantidade de alunos pobres e que se auto declaram "pretos" existentes no Brasil. Portanto, segue-se uma disputa e persegue-se o merecimento: nada mais justo.
         Mérito. Essa é palavra.
         Caos distante.










quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Educação 3



            Outro vídeo que também vale a pena para refletirmos...




Valeu Yuri!




terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Educação 2



            Vídeos assim deixam-me mais esperançoso.

            Parece mesmo que mais alguém esta vendo o absurdo da educação brasileira...




Valeu Pirulla!











segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Educação 1

Os políticos são corruptos?
O Brasil é corrupto?
O brasileiro é...




(Caos, não tô nem aí procê...)





domingo, 5 de janeiro de 2014

sábado, 4 de janeiro de 2014

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014