sábado, 15 de junho de 2013

Superlotação 2


      É lógico que limitar as pessoas de estudar além da 5ª é uma piada, uma forma de externar uma insatisfação universal dos professores.
      Mas, de novo, e como quem observa a historia pelo lado de dentro, eu faço a seguinte indagação: quantos jovens preocupam-se de fato com os seus estudos? Quantos, dos mais de 40 alunos das salas de aula que temos, preocupam-se com o próprio futuro e preparam-se efetivamente para ele?
      Por experiência, posso contar nos dedos de uma mão. Da mão do Lula, aliás.
      E não se trata de convencê-los, de seduzi-los ou de criar uma aula mais interessante, e atrai-los para mais perto do conhecimento. Nada disso.
      Trata-se mesmo de um desinteresse completo e totalmente generalizado.
    Se antes estudávamos para ser alguém na vida, para termo melhores condições de vida, hoje esses jovens e crianças tem tudo o que precisam: tênis de marca, vídeo game, TV a cabo e notebook (para citar apenas alguns itens) e o seu comodismo é visível em nosso dia a dia.
         O desprezo desses jovens pelo conhecimento é brutal, e é consciente.
    Os professores sentem-se como estúpidos, retardados, elaborando métodos diferenciados para falar de coisas que todos precisam aprender: equações, gramatica etc. Mas ninguém se interessa. Sempre foi assim, é verdade, mas é consenso também que isso hoje esta muito pior.
      Por essa razão (mesmo que eu não concorde) entendo por que muitos colegas entram no "piloto automático" e deixam o barco seguir rumo a lugar algum. Se um estudante desejar algo melhor, terá mesmo de seguir por conta própria. O que também é péssimo. Mas, já não é assim há muito tempo?
      Só posso dizer uma coisa: caos.