terça-feira, 30 de junho de 2015

Estereótipo

As mesmas paixões e 
a hipocrisia de sempre...

          Nos meios de comunicação, a notícia de que o Congresso discute hoje a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos [para crimes hediondos]. De um lado e de outro defesas apaixonadas, posições inflamadas sobre o tema. Eu, do meu canto, observo o quanto somos cretinos e incapazes de apofundar numa discussão séria e equilibrada. É verdade que a redução não vai solucionar o problema da criminalidade, e é também verdade que nenhum "jovem inocente" e "indefeso" será posto atrás das grades injustamente... [a charge acima demostra bem o equívooco que eu digo].
         Jovens de 16 anos? De 17 anos? Ninguém sabe ao certo qual é a diferença [se é que ela existe] entre um criminoso brutal com 17 anos e 11 meses de idade e outro de 18 anos completos. Mas todos têm uma opinião formada na gaveta, e fazem questão de dize-la. Para mim, todo o problema é o do próprio ser humano. Ele é a causa de todo o mal e de todas as dores. Independente da idade...
         Caos, quantos anos você tem?





segunda-feira, 29 de junho de 2015

Vida...

... e Morte
           Ainda sob o clima da perda de um colega muito próximo, morto há alguns dias, é interessante observar o ir e vir das frases, motivações e principalmente as certezas... Todos têm uma certeza absoluta, especialmente nesses momentos, acerca do "para onde vamos" e ainda mais sobre "de onde viemos"...
          - E você, professor [alguém me indaga] o que acha? Para onde a alma vai? Você acredita?
          Eu, desprovido que qualquer graça, questiono o termo alma
          É. Parece que eu não sei brincar...
          Caos, defina-me alma.






domingo, 28 de junho de 2015

sábado, 27 de junho de 2015

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Luto

Hoje, triste notícia...
               Ao chegar para trabalhar sou recebido com a informação de que um dos professores de nossa escola foi encontrado morto, após dias de desaparecimento. Triste. Choque.
              Meu respeito e meus sinceros sentimentos à família. Nem imagino pelo que estão passando. 
            A você, caro Professor Carlos, pelo pouco tempo que dividimos na mesma escola, minha homenagem singela. 



segunda-feira, 22 de junho de 2015

Educação: mitos x fatos


No canal GloboNews

          Interessante debate e reflexão acerca das importantes temáticas da educação. Não que eu concorde com tudo o que disseram [muito pelo contrário] ou reconheça nessas pessoas a capacidade de solução, ideias e novos caminhos. Mas ainda assim uma interessante e rara oportunidade de observar o tema [educação] debatido num grande veículo de comunicação.


         Caos, você não tem educação.




domingo, 21 de junho de 2015

sábado, 20 de junho de 2015

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Frase do dia...


Talvez a frase do ano....




quinta-feira, 18 de junho de 2015

Professor > que aluno?

Porque professores reclamam 
tanto?
Parte#2
         Um dia comum na rotina de um professor é um dia de lamentos e reclamações. Sem isso, é como se estivéssemos sem alguma ferramenta de trabalho...
              Mas, porque fazemos isso?
            Eu tenho algumas sugestões mas, por ora, prefiro refletir sobre o tempo que perdemos ao investir em queixas e lamúrias. Todos esses minutos poderiam ser utilizados e investidos na descoberta de soluções eficazes para tais problemas. Não falo de "fórmulas" ou de "teorias" pedagógicas ditadas por pseudo especialistas que nunca entraram numa sala de aula de periferia, e, portanto, pouco ou nada sabem do que estão falando. Mas sim de soluções práticas, efetivas, de alívio imediato e também de médio alcance... 
          Porque nós [professores] gastamos tanto tempo reclamando? No fundo, é  como se o problema [indisciplina dos alunos, falta de materiais, etc.] não fosse realmente nosso. E coubesse a outrem, assim, solucioná-lo. Triste ilusão.
             Caos, qual a sua queixa?


       

                 

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Professor > que aluno?

Porque podemos mexer no celular 
e nossos alunos não?
Parte#3
             Ao iniciar a reunião [ou o curso] deste sábado, o nosso orientador pediu que evitássemos as conversas paralelas e [pasmém] que ninguém usasse o telefone celular durante a aula...
             As vezes tenho vergonha de certos profissionais. Como podemos exigir que estudantes de ensino fundamental e médio não usem celulares na classe se, boa parte de nós, quando na mesma situação, fazemos exatamente o oposto? Um pedido desses, feito pelo nosso "tutor" ou "orientador", nem deveria ser necessário. E o pior é que mesmo após essa "solicitação", muitos colegas professores ainda foram "flagrados" usando e atendendo o aparelho, tanto que novamente foram chamados a atenção... Incrível.
              Caos, você tem whatsapp?



       

                 

terça-feira, 16 de junho de 2015

Professor > que aluno?

Porque alunos pensam 
que somos melhores que eles?
Parte#4
           Talvez pelo diploma, pela idade ou mesmo pela postura sempre sisuda pareçamos mais "avançados". Não sei. Mas o fato é que não somos, em hipótese nenhuma, melhor ou superior aos alunos quando falamos dos defeitos e desalinhos de comportamento. Somos impacientes, sim, e gostamos de estudar pouco [a maioria do professores que conheço e conheci é assim]. Sabemos exatamente o que cobrar dos nossos estudantes, porém, sabemos menos ques estes quando o assunto é sentar numa sala de aula e estudar.
            Essa "reunião" mostrou-me, novamente, que temos muito ainda que entender o quão chato é ficar num banco de escola por 4 ou 5 horas, sem poder levantar, passear pela sala, bater papo, mexer no celular...
            Caos, faça o que eu digo. Não faça o que eu faço.

                 

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Professor > que aluno?

Porque pensamos 
que somos melhores que nossos alunos?
Parte#5
              Último sábado, treze horas, estou sentando numa sala de aula. Desta vez na posição de "aluno". Olho em volta, todos ali também são professores. A maioria esta impaciente. O curso é exclusivo para os novos professores concursados no ano de 2014, um curso obrigatório de formação e parte integrante do início da carreira na rede.
               Pois bem, antes mesmo do início ouço os resmungos, as queixas e o eterno e conhecido muro de lamentações que parece ser quesito obrigatório para esses profissionais. Uma pena. Começa o curso, os "alunos" reclamam ainda mais. Vejo impaciência, desinteresse, bocejo, murmuros... O que deveria durar 4 horas não passa de 50 minutos, se muito. E ainda assim ouve-se queixas, críticas e reclamações iracíveis.
                     É incrível como não damos o que pedimos.
               Porque somos [ou achamos que somos] melhores que os nossos alunos? Porque "brigamos" tanto para que jovens e crianças dediquem-se de verdade aos estudos, ao conhecimento, se nós ["profissionais" da educação] somos incapazes de fazer o mesmo? Somos, de fato, melhor que aqueles que criticamos e cobramos?

                 

domingo, 14 de junho de 2015

Hoje não tem aula







Só o humor pode contra o preconceito.





sábado, 13 de junho de 2015

Hoje não tem aula






Viva Joselito!
[se fosse na minha escola jogava giz, apagador e a lousa na cabeça dele]








sexta-feira, 12 de junho de 2015

Dia dos namorados

50% de alunos ausentes
 
            Hoje, observando a inesperada ausência de boa parte dos alunos, questionei os presentes sobre o fato. E a razão foi não menos inesperada: a maioria destes [90% eram meninas] haviam faltado para passar o dia dos namorados com os respectivos amores. Eu próprio, mais cedo e logo na entrada, pude confirmar isso ao notar as alunas do lado de fora escola, cabulando aula com seus "parcceiros".
            Tudo não seria tão ruim se não estivéssemos falando de jovens, de meninas, que em sua maioria não passam de 13 ou 14 anos...
            Caos, você tem namorada?



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quinta-feira, 11 de junho de 2015

Diabetes tipo 1

Aprendendo tudo sobre a doença
           Semana difícil. Entra e sai de hospital. Seringas, insulinas, glicosímetro. Há coisas que a gente realmente só entende quando passa... 
           Caos, qual o nível da sua glicose?



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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Hospital

Hoje, dia diferente.

           Hospital, visita a paciente, hospital, pânico de hospital.
           Caos, você tem diabetes?




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terça-feira, 9 de junho de 2015

Olimpíadas da Matemática

Também é culpa das famílias

        Ontem, na durante as provas da Olimpíada da Matemática, ficou evidente o caos familiar e o descuido que pais, mães e responsáveis insistem em eternizar. Jovens, a maioria meninos e meninas entre 12 e 16 anos de idade, em início de vida [portanto] bem vestidos, bem alimentados e portando aparelhos celulares que o meu salário de professor não poderiam comprar. 
           Pronto, esta feita a tragédia social. Esses mesmos jovens sequer conseguem discernir entre divisão e multiplicação, portando seus aparelhos como troféus, ou mesmo pouco se importam com as provas ou qualquer outro tipo de avaliação. Para eles, entre risos e gracejos, as palavrões e xingamentos, nenhuma daquelas questões a resolver durante a prova, têm a menor importância... 
           Importa sim possuir o melhor e mais caro aparelho que seus pais tanto lutam para lhes dar, isso é evidente. Mas, e esses pais? Porque não estimulam e incentivam-nos ao conhecimento? Aos estudos? Qual a porra do problema dessa sociedade mesquinha, desprotegida, que vive na periferia e, já é tão mal assistida pelo Estado, não incentiva seus filhos a importar-se menos com celulares e mais com a escola?
            Caos, como chegamos a isso?






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segunda-feira, 8 de junho de 2015

Olimpíadas da Matemática

Também é culpa dos professores
             Hoje, prova da Olimpíada da Matemática. Hoje, mais um dia frustrante.
             É incrível o quanto estamos para trás, e como sempre lutamos para equalizar os prejuízos. 
             Este ano estou trabalhando com turmas que não conhecia no ano passado e, por isso mesmo, não posso garantir que tiveram todo o conteúdo necessário até aqui. Hoje, corrigindo as provas ao final do dia, ficou muito claro que a resposta é não.
            Triste sociedade cretina onde a marca e o modelo do celular que dão de presente aos seus filhos é mais importante que ler, escrever e calcular corretamente...
            Caos, qual o quadrado de  100?





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domingo, 7 de junho de 2015

Hoje não tem aula






[era só Jack mandar um torpedo para Joe e estava tudo bem]




sábado, 6 de junho de 2015

Hoje não tem aula





[além do bicho de pé, claro]







sexta-feira, 5 de junho de 2015

Seios

Uma sociedade despudorizada, 
depravada, 
ensina o quê a seus filhos?
            Professores e professoras pedem à direção da escola que chamem a mãe de uma aluna, da oitava série, para que que conversem sobre suas roupas "inadequadas". A mãe, ao chegar, mostra-se logo de cara "incomodada" com os questionamentos.
             Professora 1: Gostaríamos de pedir que a senhora observasse com mais atenção os decotes que a sua filha usa para vir à escola...
            Professora 2: Isso mesmo, senhora. Seria mais "adequado" que ela utilizasse a camisa do uniforme escolar.
            Professora 3: E além do mais, os decotes são muito acentuados, totalmente "inadequado" à sua idade, local e momento.
            Mãe da aluna: E por acaso minha filha é  a única? Porque vocês não vão pegar no pé das outras mães também?
             Foi o que ela disse, apenas, antes de virar-se e ir embora.
             Caos, você uma meia taça?


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quinta-feira, 4 de junho de 2015

Professor x Loucura

Todos os professores querem a mesma coisa,
ninguém se entende sobre coisa alguma
             As conversas entre colegas dentro da sala dos professores pode às vezes ser enlouquecedoras. A verdade é que todos desejamos uma educação pública mehor, uma maior participação e a colaboração dos alunos, contudo, é incrível o quanto falamos línguas diferentes... 
              Sim, é preciso fazer o mea culpa: somos tão responsáveis pela má qualidade dos serviços de ensino quanto o Estado [manipulador] e as famílias dos estudantes [omissas]. Somos culpados sem se dar conta. Agimos contra nossa própria rotina e massacramos a nós mesmos pela falta de organização. Apenas isso: somos pouco organizados. Nossos empenhos estariam anos luz à frente se fossemos capazes de nos mobilizar em torno de uma maior produtividade e melhor qualidade de  trabalho.
                 E você, caos, como organiza o seu próprio trabalho?



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quarta-feira, 3 de junho de 2015

Burro!

Sucinto
Nenhum post que eu escreva estará à altura do 
que diz, nesse vídeo, o Prof. Clóvis de Barros Filho.
Vale muito à pena.


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terça-feira, 2 de junho de 2015

Encontro marcado

A imbecilidade aumenta 
a cada dia
                Leio em todos os cantos e só observo colocações esvaziadas de pseudo especialistas que jamais pisaram os pés em escolas públicas, especialmente aquelas de extrema periferia, lá do fundão, aonde todos os problemas parecem ter marcado um encontro. Nenhuma dessas matérias, dessas revistas "especializadas" ou especialistas com seus diplomas de educador e doutorado em educação tem uma solução real para os nossos problemas, aqui do mundo real.
              Tenho em mãos giz, lousa e mais nada. Tenho colegas, cansados, à minha direita e à minha esquerda. Todo o resto é bobagem. À frente, todos os dias, problemas, problemas e mais problemas. Jovens mal educados, desmotivados, e nada parece convencê-los. Insistir? Sim, faço isso todos os dias. Motiva-los? Estimula-los? O tempo todo. E às vezes parece que vai dar certo, mas aí pancadão da esquina é sempre mais interessante...
             Esses dias um colega, professor de história, tentou convencer uma sala inteira de 8a série a prestarem atenção num filme "bobo": O resgate do soldado Ryan. Foi inútil. Teve que desistir...
             Vou dizer uma coisa: se um filme assim não chama a atenção de um jovem de 14 ou 15 anos de idade, então eu já não sei de mais nada... 
              Caos, eu vou resgatar você.
             
            


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segunda-feira, 1 de junho de 2015

Luiz Carlos de Menezes

Resposta à reportagem

"Se as famílias se omitem, a escola precisa agir"
                                 Luiz Carlos de Menezes: físico e educador da USP

     Numa coluna na revista Nova Escola, o educador tratava sobre a responsabilidade da escola em solucionar problemas de alunos indisciplinados, mesmo quando a família se torna totalmente omissa.


           A minha resposta, por e-mail, segue descrita tal qual foi enviada:



Caro educador Luiz Carlos,

apreciei suas observações na Revista Escola [edição 245], de 2011, sob o título "se as famílias se omitem, a escola precisa agir"...

Li essa revista essa semana [mesmo passados tantos anos da edição], porém, o tema é e infelizmente será sempre atual. Concordo que a escola pode interferir e agir positivamente para resolver evidentes omissões familiares. Contudo, como professor tanto da rede pública quanto da particular, penso que nenhum profissional hoje dispõe de algo extremamente valioso para tanto: tempo.

Numa aula de 50 minutos [no colégio particular são apenas 45] é por vezes inviável conseguir acalmar a todos, organizar fileiras, mesas, alunos, lousa, repassar conteúdos, corrigir cadernos, tirar dúvidas, repassar conteúdos novamente e, ainda, auxiliar estudantes com problemas familiares e/ou indisciplinados que atrapalham e muito o decorrer da aula. 

Agora multipliquemos esses rápidos 50 minutos e todo o amontoado de tarefas por seis, às vezes oito aulas por dia numa escola, e em seguida por mais cinco, seis ou mais oito aulas numa outra instituição.... Deu pra entender, né? Pois bem. Acredito na profissão e nos profissionais, contudo, penso que todo o modelo esta errado. Todo ele.  

Se assim não o fosse, teríamos maiores e melhores ferramentas.
Hoje, em escola da periferia de São Paulo, capital, [a maior metrópole da América Latina] disponho apenas de giz, lousa e alguns colegas já muito cansados.

Do outro lado, ao contrário, temos muita cobrança do Estado, das famílias, da opinião pública e de pseudos especialistas [cujos os pés nunca pisaram em escolas públicas, aliás]. Posso juntar a isso tudo muito vandalismo, agressões verbais diárias e diversos casos de agressões físicas a professores. Parabéns [ainda que tardiamente] pela inciativa da discussão e reflexão. 

Um forte abraço.


Luciano  S. Santos
Professor de Matemática