quarta-feira, 9 de abril de 2014

Lógica

Série Raciocínio lógicoparte 3.

A espécie humana é realmente fascinante: algumas de suas descobertas ou foram por "acaso", ou por necessidade de fazer guerra.


             Há um conceito lógico na raça humana que ao longo da história repetiu-se com exata frequência: o das descobertas ao acaso ou das guerras.               É notório que a corrida espacial americana deu-se simplesmente por mera concorrência com os Soviéticos, contudo, quantas descobertas e desenvolvimento tecnológico a humanidade não obteve com isso?
           A penicilina [vai, corre pro Google] é um excelente exemplo. A medicina dividiu-se em partes distintas após sua invenção, assim como outras tantas descobertas.
          Mas, apesar disso, a grande e imensa maioria das descobertas decorreram de mutia pesquisa, muito esforço e estudo por parte de cientistas, pesquisadores e curiosos. Se assim não fosse, como teríamos os satélites, fibra ótica, próteses, TV e procedimentos cirúrgicos avançados? Imagine abrir o crânio de um ser humano, operar o cérebro e fechá-lo novamente de maneira intacta! Como isso seria possível sem todo o conhecimento advindo das pesquisas e estudos? Por essas e outras razões [muitas e muitas] procuro combater em sala de aula a ideia estúpida e idiota de que os estudos são um "fardo", um peso e algo desnecessário para a nossa rotina prática. 
           Jovens e crianças [todos eles preguiçosos e arrogantes] se vangloriam de não importar para o seu futuro esse ou aquele conhecimento específico, em especial os cálculos [a matemática!] já que os cursos universitários que escolherão nada tem a ver com a área das exatas. Eu, diferente dos tempos iniciais da minha carreira, evito as longas explicações acerca da importância dos cálculos etc., e limito-me a lamentar minha triste observação dos tempos atuais: vivemos uma era de brutal estupidez.
              Atribuo à vida farta e aos infindáveis confortos o intenso desprezo pelo conhecimento. Observo as queixas dos colegas professores, observo a preguiça de certos professores, e noto que há relação entre aprendizado e necessidades específicas. Para quê um jovem bem alimentado se dedicará ao profundo estudo das diferenças entre as Américas, por exemplo? É irracional imaginar que um adolescente munido de TV de LED e vídeo game, Notebook e celular ultra moderno dentro do seu quarto encontrará alguma necessidade de conhecer esse ou aquele contexto. Eu, no seu lugar, não sei dizer se estaria interessado em qualquer outra coisa que não fosse o meu próprio nariz.
             O futuro, imagino, é profundamente sombrio. O conhecimento estará cada vez mais nas mãos de poucos. E conhecimento é poder. Observo isso em sala de aula com clareza solar. Alunos dedicados e aplicados assumirão os principais cargos [reservadas as devidas exceções, claro] enquanto que a maioria conformar-se-á em serem meros consumidores e recebedores de informação. 
             A mim, resta o caos.