segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Aprender. Aprender. Apreender...




     Quem ensina precisa aprender como ensinar. Alunos que precisam ensinar aprendem muito mais, sem notar que estão aprendendo. O aprendizado se dá assim: como eu faço para chegar à Barra Funda?
     Se você é de São Paulo e, conhece a Barra Funda, provavelmente sabe como chegar lá. Mas, como explicar? Como orientar alguém para chegue lá?  
     Isso é aprendizado...
     
      Imediatamente o seu cérebro (e todos os conhecimentos que você adquiriu sempre que foi à Barra Funda) começa a reunir informações, organiza imagens, rotas, linhas de ônibus e metrô, talvez trem, tempo de duração e trajeto, melhor caminho e percurso mais barato, estratégias e observações importantes acerca do tempo, fluxo, trânsito, horário de pico. Tudo isso em apenas alguns segundos.
     Ao explicar, tudo é válido e auxilia no entendimento, o gestual, anotações num papel, talvez um aplicativo de mapas, nomes de avenidas e linhas de transporte coletivo. Uma série imensa de dados e informações são reunidas e, ensinando como chegar à Barra Funda, você aprende não só como ensinar, como reforça tudo o que já conhecia. A mera repetição e recordação desses dados garante que você compreenda tanto ou mais do que já sabia. E faz reflitir ainda mais acerca do caminho que indicou até a "Barra Funda".


    Com o conhecimento funciona exatamente assim, especialmente em ambiente escolar, de periferia e com tão poucos recursos (na verdade nenhum). Alunos que ajudam alunos aprendem mais, reforçam o que aprenderam e desenvolvem instinto de cooperação, colaboração e compreensão acerca do outro. Compaixão, sentimento de parceria e altruísmo são possíveis efeitos colaterais.

  Caos, colabora comigo?

PS: é possível ainda que a pessoa fracasse e não consiga chegar à Barra funda, contudo, ficara também o aprendizado de é necessário ser mais preciso e eficiente ao explicar.