segunda-feira, 15 de junho de 2015

Professor > que aluno?

Porque pensamos 
que somos melhores que nossos alunos?
Parte#5
              Último sábado, treze horas, estou sentando numa sala de aula. Desta vez na posição de "aluno". Olho em volta, todos ali também são professores. A maioria esta impaciente. O curso é exclusivo para os novos professores concursados no ano de 2014, um curso obrigatório de formação e parte integrante do início da carreira na rede.
               Pois bem, antes mesmo do início ouço os resmungos, as queixas e o eterno e conhecido muro de lamentações que parece ser quesito obrigatório para esses profissionais. Uma pena. Começa o curso, os "alunos" reclamam ainda mais. Vejo impaciência, desinteresse, bocejo, murmuros... O que deveria durar 4 horas não passa de 50 minutos, se muito. E ainda assim ouve-se queixas, críticas e reclamações iracíveis.
                     É incrível como não damos o que pedimos.
               Porque somos [ou achamos que somos] melhores que os nossos alunos? Porque "brigamos" tanto para que jovens e crianças dediquem-se de verdade aos estudos, ao conhecimento, se nós ["profissionais" da educação] somos incapazes de fazer o mesmo? Somos, de fato, melhor que aqueles que criticamos e cobramos?