post #4
Ei, Neguinho!
Ei, Neguinho!
Jovens e crianças com atitudes racistas têm, em casa, pais e mães também racistas?
Essa é uma questão controversa. Mas me arrisco a dizer quem sim. E que há, antes de tudo, uma regra social perversa que permeia toda a questão do preconceito racial e suas respectivas ofensas [como se o racismo em si já não bastasse].
Crianças, jovens e adolescentes ainda xingam os mesmos insultos que os meninos em minha época de escola xingavam [estou falando da hoje celebrada década de 1980]. Com um porém: estes xingamentos foram banalizados. Infelizmente, apelidos e comentários depreciativos acerca da origem étnica de um e outro aluno ocorrem com tanta ou maior frequência e ninguém parece notar o quão graves eles são. Professores, diretores e coordenadores lutam diariamente contra, mas experimente tentar modificar em alguns minutos o que uma família leva toda uma vida para fazer. É algo extremamente desgastante.
O negro ainda é visto como alguém inferior [não é], como alguém que tem menos condições e capacidades que outros [não tem], e é comum meninos e meninas negras negarem a si próprios os mesmos direitos de outrem. A não reivindicarem o que lhe é de direito e a não reagir às ofensas impostas. Parece-me, as vezes, um ciclo infinito de maldades, burrice e desinformação. Além do ódio sempre contido num gesto simples de discriminar.
Essa é uma questão controversa. Mas me arrisco a dizer quem sim. E que há, antes de tudo, uma regra social perversa que permeia toda a questão do preconceito racial e suas respectivas ofensas [como se o racismo em si já não bastasse].
Crianças, jovens e adolescentes ainda xingam os mesmos insultos que os meninos em minha época de escola xingavam [estou falando da hoje celebrada década de 1980]. Com um porém: estes xingamentos foram banalizados. Infelizmente, apelidos e comentários depreciativos acerca da origem étnica de um e outro aluno ocorrem com tanta ou maior frequência e ninguém parece notar o quão graves eles são. Professores, diretores e coordenadores lutam diariamente contra, mas experimente tentar modificar em alguns minutos o que uma família leva toda uma vida para fazer. É algo extremamente desgastante.
O negro ainda é visto como alguém inferior [não é], como alguém que tem menos condições e capacidades que outros [não tem], e é comum meninos e meninas negras negarem a si próprios os mesmos direitos de outrem. A não reivindicarem o que lhe é de direito e a não reagir às ofensas impostas. Parece-me, as vezes, um ciclo infinito de maldades, burrice e desinformação. Além do ódio sempre contido num gesto simples de discriminar.
Caos, qual a sua etnia?